A inovação tem sido um dos principais motores do crescimento económico e da competitividade empresarial a nível global. Em Portugal, a necessidade de fortalecer o ecossistema de Investigação & Desenvolvimento (I&D) é urgente, pois representa uma oportunidade para posicionar o país como um hub de tecnologia e conhecimento na Europa. No entanto, para que isso se torne realidade, é essencial implementar políticas eficazes que incentivem a colaboração, facilitem o financiamento e simplifiquem processos burocráticos.
Abaixo, apresentam-se algumas propostas para impulsionar o setor:
1. Apoio à colaboração entre empresas e instituições de I&D
A parceria entre empresas, universidades e centros de investigação é um fator determinante para fomentar a transferência de tecnologia e impulsionar a inovação colaborativa. A criação de programas específicos que incentivem estas sinergias pode levar a um aumento significativo de projetos inovadores. Ao facilitar o acesso a recursos humanos qualificados e infraestrutura de I&D, Portugal pode garantir uma maior transformação do conhecimento académico em soluções empresariais aplicáveis.
2. Estímulo ao empreendedorismo inovador
As startups e pequenas e médias empresas (PME) de base tecnológica desempenham um papel vital na economia do conhecimento. No entanto, muitas destas empresas enfrentam desafios significativos no seu processo de crescimento. A implementação de incentivos fiscais e programas de apoio financeiro pode reduzir as barreiras de entrada e estimular o desenvolvimento de novos negócios inovadores, tornando Portugal um destino atrativo para empreendedores.
3. Simplificação dos incentivos fiscais e da burocracia
Os incentivos fiscais, como o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE), são essenciais para encorajar o investimento em I&D. No entanto, a complexidade dos processos de candidatura e gestão destes incentivos pode afastar muitas empresas, especialmente as de menor dimensão. A simplificação dos mecanismos de acesso e a digitalização dos processos de candidatura são medidas cruciais para garantir que mais empresas possam beneficiar destes apoios. Empresas especializadas em consultoria em incentivos fiscais, como a FI Group Portugal, desempenham um papel fundamental ao apoiar organizações no aproveitamento destes mecanismos.
4. Diversificação das fontes de financiamento
O acesso ao financiamento continua a ser um dos principais desafios para empresas inovadoras. Para superar esta barreira, é essencial que as empresas portuguesas explorem novas fontes de financiamento, nomeadamente programas internacionais como o Horizonte Europa. Estes programas oferecem não só recursos financeiros adicionais, mas também oportunidades de colaboração com instituições internacionais, fortalecendo a presença das empresas portuguesas no mercado global.
5. Internacionalização das empresas de I&D
A internacionalização é uma estratégia essencial para que as empresas portuguesas se mantenham competitivas num mundo cada vez mais globalizado. O incentivo à exportação de produtos e serviços inovadores pode ser impulsionado por meio de políticas de apoio e participação em redes globais de inovação.
Além disso, atrair investimento estrangeiro através de um ambiente regulatório favorável pode aumentar significativamente a capacidade de crescimento das empresas nacionais.
6. Promoção da formação e capacitação em I&D
Para sustentar o crescimento da inovação, é fundamental investir na capacitação dos profissionais do setor. O desenvolvimento de programas formativos que alinhem as competências dos trabalhadores com as necessidades das empresas pode garantir um mercado de trabalho mais dinâmico e preparado para os desafios tecnológicos do futuro.
Ademais, a maior interação entre o ensino superior e o setor empresarial pode contribuir para uma formação mais prática e aplicada.
7. Monitorização e avaliação das políticas de I&D
A implementação de mecanismos de monitorização contínua das políticas públicas em I&D é essencial para garantir que os recursos são aplicados de forma eficaz. Criar indicadores de desempenho que permitam ajustar estratégias conforme os resultados obtidos pode tornar os incentivos mais eficientes e alinhados com as reais necessidades do setor empresarial.
A inovação deve ser encarada como um investimento no futuro de Portugal. Com a adoção de políticas públicas eficazes, um maior incentivo à colaboração entre empresas e instituições de I&D, e o reforço do financiamento e da formação de profissionais, é possível criar um ecossistema mais dinâmico e competitivo.
Empresas como a FI Group Portugal têm um papel determinante no apoio à captação de incentivos fiscais e na orientação das organizações para o crescimento sustentado. Agora, é hora de transformar estas propostas em ações concretas que beneficiem a economia nacional e posicionem Portugal como uma referência em inovação a nível internacional.
Paulo Reis, Diretor-Geral
Compartilhe este artigo com a sua rede de contactos. Explore o nosso arquivo para encontrar conteúdos relacionados e relevantes.