Nova oportunidade para o setor do Turismo


O Banco Português de Fomento (BPF) e o Turismo de Portugal anunciaram a abertura das candidaturas à nova Linha de Apoio Turismo + Sustentável, inserida no âmbito do Programa Empresas Turismo 360º.

Segundo Lurdes Guerra, esta linha “com uma dotação de até 50 milhões de euros, representa uma oportunidade significativa para as empresas do setor turístico em Portugal, alinhando-se com tendências globais e respondendo às crescentes exigências nesta matéria”.

“Ao disponibilizar financiamento com condições favoráveis, incluindo a garantia mútua até 80% do valor do financiamento e com a possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável de até 30%, a linha facilita a adoção de tecnologias e práticas que reduzem o impacto ambiental das operações turísticas”, adiciona. As empresas são assim incentivadas a adotarem uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance) e analisar os impactos da sua atividade no ambiente e nos sistemas sociais em que operam.

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável, financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo BPF, está disponível para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Small Mid Cap, Mid Cap e Grandes Empresas que, entre outros requisitos — detalhados no documento de divulgação da Linha — estejam localizadas em território nacional, desenvolvam atividade principal enquadrada nos CAE elegíveis e sejam empresas aderentes ao Programa Empresas Turismo 360º.

Quando questionada sobre os potenciais motivos por detrás da crescente aposta na sustentabilidade no setor do turismo, Lurdes Guerra, destaca os seguintes:

  • O turismo contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa e para a degradação ambiental. Assim, a implementação de práticas sustentáveis é essencial para mitigar os impactos ambientais negativos associados a este setor.
  • Os destinos que adotam práticas sustentáveis tornam-se mais atraentes para o turismo consciente, uma tendência crescente entre os consumidores europeus e globais.
  • A crescente regulamentação e políticas públicas associadas aos temas da sustentabilidade, tornam a adaptação uma necessidade para a conformidade legal e acesso a financiamentos. A par, promove a resiliência operacional e a competitividade internacional.

Neste âmbito, a especialista realça que a implementação de estratégias sustentáveis no turismo é crucial pela conexão inequívoca da economia natural associada aos destinos turísticos.

“Ou seja, a maioria dos destinos turísticos dependem de recursos naturais (como a nossa economia global, se me permitem) e se estes não forem geridos de forma responsável e sustentável, acabam por se degradar e esgotar”, explica.

Lurdes Guerra, adiciona ainda que “as organizações que endereçam efetivamente os temas de sustentabilidade nos seus modelos de negócio, apresentam uma vantagem competitiva inequívoca, face aos demais concorrentes, pela maior adaptação e resiliência às alterações que se fazem sentir (e às que são esperadas) segundo as projeções mundiais em matéria de alterações climáticas e impacto dos sistemas ecológicos terrestres”.

“A sustentabilidade, portanto, é a chave para um turismo mais inovador, resiliente e responsável, garantindo que este setor vital continue a prosperar num cenário global de rápidas mudanças”, remata.

Operações elegíveis

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável financia investimentos nos domínios da gestão da água, gestão da energia, mobilidade sustentável, gestão de resíduos, economia circular e biodiversidade. As operações devem incluir, pelo menos, investimento na categoria “Gestão da Água” ou na categoria “Gestão da Energia”, não sendo enquadráveis candidaturas no qual o investimento corresponda, exclusivamente, a intervenções no âmbito das demais categorias.

Condições de financiamento

A linha prevê as seguintes condições de financiamento:

  • até 750.000 euros por empresa;
  • com um prazo máximo de 15 anos;
  • até 48 meses de período de carência de capital;
  • garantia das Sociedades de Garantia Mútua de até 80%
  • possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável, até 20% do valor do financiamento contratado, na generalidade das localizações;
  • para operações enquadradas exclusivamente no plano de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca na região do Algarve, a conversão em subvenção não reembolsável poderá alcançar os 30%.

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